sábado, 17 de dezembro de 2011

Entrevista com Skillet



John Cooper, vocalista da banda cristã norte americana Skillet, concedeu entrevista exclusiva para um dos sites mais relevantes de notícias de rock cristão, Jesus Freak Hideout.
Confira abaixo a entrevista na íntegra:
JFH (John Dibiase): Quando eu recentemente entrevistei TobyMac enquanto vocês estavam em uma turnê juntos, ele me contou como vocês acabaram gravando em seu álbum juntos porque o onibus de vocês quebrou em Nashville.
John Cooper: Sim! É verdade. Eu acho que já tinhamos começado a conversar sobre fazer uma turnê juntos nessa época. Acho que o pessoal da organização já tinha conversado. Eu eu estava realmente querendo que isso acontecesse e eu sei que ele também queria. E ele ligou e disse: “Que tal você gravar no álbum?”, e eu disse “Claro! Sério?” Eu gostei muito. Sou fã do Toby. Ele é meio que uma lenda, claro. Então, obviamente, como um fã, você não diria não para algo assim! É uma coisa muito legal, mas eu estava meio que inseguro. Eu estava meio que “Será mesmo?”. Pois quando você pensa em pessoas cantando com o Toby, você não pensa em mim! Você pensa no Kevin Max e todos aqueles cantores de verdade. Acho que minha voz não ficaria tão boa assim! Então ele me mandou a música e eu amei, mas estava inseguro se realmente eu soaria bem nela. Então eu estava tendo dificuldade em lidar com isso até porque tinhamos começado aquela turnê com o Hawk Nelson, que acho que vi você lá em algum lugar.
JFH: Na Electric Factory lá em Philly, sim.
John Cooper: Electric Factory! Aquela turnê foi tão ocupada! Eu não sabia se conseguiria ir até Nashville! Estávamos tocando 5 noites por semana. De qualquer forma, eu liguei para ele à meia noite logo depois de um dos shows e disse: “Cara, nosso ônibus quebrou. Acabei de descobrir que estamos indo para Nashville para consertá-lo, então eu posso gravar amanhã.” Ele nem estava na cidade! Então eu nem mesmo vi o Toby quando gravei. O produtor dele veio me buscar e eu fui lá e cantei minha parte em uma hora e fui para casa. (risos). Não digo casa. Hotel. Mas foi muito legal.
JFH: E a turne vai começar de novo no outono, certo?
John: Sim! Foi uma turnê fantástica. Foi uma boa turnê por uma série de razões, mas eu sinto que foi…não sei se estou exagerando aqui, mas é como eu realmente sinto. Não sei se é verdade, mas senti que foi uma turnê importante, não só para o Skillet, mas para a música cristã em geral. Você entende o que eu digo? Não sei de nada tão grande e inovador que tenha acontecido em muito tempo. Entende?  Digo, houveram grandes turnês com Casting Crowns e Leeland, foram turnês fantásticas. Eles são mais adulto-contemporâneo, mas nada foi tão inovador desde “Freak Show” ou algo assim. Que, você sabe, foi Dc Talk e Audio Adrenaline.
JFH: Aquela foi uma grande turnê. (risos)
John: Digo, aquilo foi algo muito épico para a música cristã! Então eu não estou tentando dizer que isso é tão épico quanto aquilo, mas nada aconteceu tão grande quanto.
JFH: Eu acho que foi épico. Digo, porque eu tenho acompanhado vocês desde o começo e eu acompanhei o DC Talk desde que me tornei cristão. Então ter os dois juntos foi realmente legal. E é uma mistura interessante, também.
John: Sim! Você sabe, são misturas incomuns que funcionam! Não são todas. Como alguém disse: “Bem, e que tal vocês e o Casting Crowns?” Eu pensei como: “Não, isso não vai funcionar”. Eu amo o Casting Crowns, mas não é a mistura certa para nós ou para eles. Seria ruim para eles também. Os fãs deles ficariam meio que “O que vocês estão fazendo junto com essa banda?” Mas você sabe, isso funciona para nós porque a música do Toby é tão enérgica! É muito intensa…
JFH: Tem um elemento Rock também.
John: É verdade.
JFH: E vocês não são tipo Underoath nem gritam a cada cinco segundos.
John: Sim. Verdade.
JFH: E os fãs são compartilhados, como evidenciado pela lotação dos shows.
John: Sim, foi uma turnê muito divertida. E foi também importante para mim, porque com todo o lance mainstream que aconteceu conosco, pessoas fazem muitas perguntas como “o que vocês vão fazer a seguir?” e tem diversos obstáculos para pular o tempo todo. Uma quantidade enorme de planejamento porque tem tanta gente para fazer feliz e tanta gente para quem tocar. E como você sabe, só faz 6 meses desde que tivemos um single nosso nas rádios do mercado mainstream, e eu sempre disse que se isso acontecesse – e eu amo o ramo Cristão, eu não estou buscando parar de fazer apresentações cristãs ou seja lá como vecê chama isso. E muitas pessoas fizeram isso quando cruzaram para o outro lado. Eles não fazem festivais – então foi uma bela oportunidade para eu investir nisso e dizer: “Veja, minha gravadora preferia que eu – – digo, pediram para fazermos turnê com Sick Puppies, Chevelle – minha gravadora preferia que eu fizesse isso, mas nós deixamos de lado para fazer essa turnê cristã.” E por isso que eu acho que é importante para nós, também. Digo, não é só conversa, nós finalmente podemos provar! Nós tivemos uma grande música e tivemos que dar as costas para essas coisas para fazer o que penso ser realmente importante para o mercado Cristão.
JFH: E isso honra seus fãs que tem seguido vocês desde os anos do mercado Cristão.
John: Absolutamente! É legal, porque definitivamente tem muitos – eu conversei com o Toby sobre isso – fãs do Skillet que não tiveram a oportunidade de nos ver tocar. Talvez seus pais não querem que eles venham nos ver no The Electric Factory ou um lugar como esse. E muitos pais dessas crianças apenas deixam seus filhos irem se eles forem juntos. E muitos pais não querem ir! (risos) Então essas crianças não tiveram a chance de nos ver onde seus pais se sentiram seguros o suficiente – “Bem, eles estão com essas bandas, eu não conheço essas bandas…” – Como essa turnê (com RED e The Letter Black) é mais pesado.
JFH: Sim, mas eles são todos cristãos.
John: Eles são, o que é ótimo. Mas mesmo assim, algumas crianças mais jovens com seus pais não tem muito a ver com aquilo. Mas seus pais gostam de TobyMac. Então foi uma boa chance para alcançarmos esses fãs. É importante. Significa muito para mim.
JFH: Com seu álbum Awake, foi sua primeira vez trabalhando com Howard Benson. Foi muito diferente dos álbuns anteriores?
John: Foi muito diferente. Minha experiência tem corrido todo o mapa. Trabalhando com alguns produtores que talvez não tenham se envolvido tanto. Ou talvez o que é provavelmente mais certo e justo é que eu não quis eles tão envolvidos porque eu não entendia o papel do produtor quando eu comecei. Eu não sabia muita coisa de nada. Chegou a um ponto provavelmente entre Invincible e Alien Youth que eu meio que eu confiava mais em mim mesmo do que nas pessoas com quem eu trabalhava. Eu trabalhei com pessoas realmente talentosas e eu aprendi muito mas eu cheguei a um ponto em que eu gostava da opção de trabalhar com poucas pessoas e trabalhar por conta. Por isso que fiz aquilo. Na época de Collide foi quando eu fiquei realmente frustrado que eu fiz por mim mesmo. Nós não tínhamos dinheiro ou contatos para achar outros produtores ou involver outras pessoas. Nossa gravadora não estava sendo tão generosa. Eu estava realmente frustrado em Collide. E Paul Ebersold, que produziu Collide, tinha me ligado para vir fazer algumas composições para um artista. Naquele ponto, eu não falava com Paul havia cinco anos. Ele gravou nosso primeiro álbum. Nós estávamos trabalhando e eu disse a ele: “Cara, eu preciso fazer um álbum de rock realmente bom e eu preciso de ajuda.” Ele começou a pensar a respeito e disse: “Tudo bem, eu vou fazer.” Então foi muito legal da parte dele. Ele abriu mão de recursos para fazer nosso trabalho.Ele havia recém trabalhado em álbuns muito grandes. Então ele fez Collide. E ele é ótimo. Paul é realmente bom e ele trabalhou em mim a minha composição, mas ele não é necessariamente um compositor. Ele tem bons ouvidos. Então eu fui daí para trabalhar com Brian Howes em Comatose. Brian é o tipo de compositor que trabalha em cada linha em separado. Eu lembro que argumentamos por uns 30 minutos na pré-produção. Nós discordamos em como seria o início de Yours To Hold. E começa “I see you standing there”. Minha versão original começava com “See you standing here”. Nós discutimos se seria “I see you” ou apenas “See you”. Ele é tipo: “Isso importa!” Eu sou mais: “Não, isso não importa!” E ele: “Sim, isso importa! Importa”. Ele ficou indo e voltando entre uma e outra e finalmente eu estava meio que “Eu não ligo qual que vai ser, não importa para mim!” E então, quando fomos cantar no disco, ele não conseguia decidir e ele me fez cantar dos dois jeitos, e então disse: “Eu vou decidir depois!” Então eu saí da cidade e ele gastou horas nisso. Depois seria também “I see you…” ou “…Iiii seeeee you…”. E então ele estava “Nós vamos fazer a respiração antes do “i”? E eu já estava “Cara, estou fora! Deu para mim!”.
JFH: Fale sobre cismar!
John: É o tipo de coisa que o Brian faz. Mas ele é um gênio na composição. Ele trabalhou no último álbum do Boys Like Girls e escreveu a música Two Is Better Than One. Eu tive que me render a ele, ele é fantástico.
JFH: E acabou sendo um álbum de muito sucesso.
John: Absolutamente, e eu queria que ele fizesse o próximo trabalho, mas ele não pode. Então eu fiquei meio sem saber o que fazer. Nessa época, Howard Benson era o meu produtor favorito pelo modo como seus álbuns soam. Ele fez os dois grandes álbuns do POD, ele fez Seether, Three Days Grace, Flyleaf, Daughtry, My Chemical Romance… ele fez tantos trabalhos maravilhosos. E eu queria trabalhar com ele. De qualquer forma, é uma longa história para cobrir até dizer que eu gostei muito de trabalhar com Howard. Ele é muito diferente do Brian. Howard não é um compositor. Por exemplo, na música Hero, eu diria: “Deve ser ‘I need a hero’ ou deve ser ‘I want a hero’?” Ele apenas diria que não importa. Eu não estava acostumado com aquilo. Ele é mais apegado ao conceito da música do que aos detalhes. Ele quer ter certeza de que é algo que as pessoas vão querer ouvir. Aprendi muito com o Howard sobre como um álbum soa de maneira geral e o que você está tentando dizer com isso. Ele é um cara esperto. Eu cheguei com umas 35 músicas para o disco. No primeiro dia que encontrei ele eu disse: “Cara, eu sou um grande fã de Satellite (POD) e tantos outros trabalhos!” Conversamos sobre muitas coisas. E eu toquei minhas musicas para ele. A segunda música que toquei era provavelmente uma das minhas favoritas e eu achei que ele ia amar. Eu o tinha conhecido há 30 minutos. E ele me olha e diz: “Eu tenho que ser honesto, essa música soa de uma maneira que não vai vender.” E eu perguntei: “Sério?” E ele disse: “Sim, eu não gostei dela. É horrível”. E esse foi nosso primeiro encontro e eu pensei: “Ok, foi para isso que eu assinei!” (risos) Eu preciso de alguem que me dê uma opinião honesta e aquele cara me daria isso. E isso ajudou muito. E eu deixei ele louco. Eu não sei se algum artista já havia feito isso com ele. Eu tenho que tirar isso a limpo. Eu tenho que saber o que você não gosta. Eu escrevi muitas das músicas depois de ver o que ele estava procurando. “It’s Not Me It’s You”, “Sometimes” e “Shoul’ve When You Could’ve” foram todas escritas depois desse dia.
JFH: “Should’ve When You Could’ve”… sobre o quê é essa música?
John: Em cada disco nós fazemos alguma coisa mais fora do contexto. “Looking for Angels” era meio fora do contexto de Comatose. “Should’ve When You Could’ve” foi uma musica que sobrou e que achei que era divertida, basicamente. É só sobre alguem que não te trata da maneira certa. É a perda deles, você entende? É para ser meio que uma piada. Tipo: “Você teve a sua chance e você perdeu. Estou seguindo adiante.” É só para ser uma música divertida de verão. As pessoas ficam realmente movidas por essa música. Ou elas odeiam a música ou a amam. A gravadora não gostou muito. Meu empresário também não gostou.
JFH: Eu também não gostei.
John: Você não gostou? (risos) É, muitas pessoas não gostaram.
JFH: Bem, você sabe, eu meio que olho dessa forma. Acho que muitas das musicas desse álbum foram escritas para um público mais jovem. Você pode escutar “Should’ve When You Could’ve” e ela soar como uma música de rompimento ou então como uma música sobre relacionamentos. Acho que se eu tivesse escutado esse disco com 15 ou 16, acho que eu teria me conectado à música de uma maneira mais profunda. Agora, eu vejo que você é casado, você tem filhos, de onde vem músicas como essa?
John: Sim, eu sei o que você está dizendo. É engraçado porque a maioria das pessoas achou que fosse para um púplico mais velho que Comatose. De uma certa maneira, eu penso dessa forma e, de outra, não. “Monster” e “Sometimes” talvez sejam mais sombrias e mais maduras. Mas algumas pessoas estão dizendo que essas soam um pouco mais velhas. E eles dizem isso porque em Comatose nós fizemos músicas como “Those Nights”. Teve algumas revistas que não fizeram nada a respeito de Comatose. Eles apenas diziam: “Ah, vocês estão apenas alcançando uma audiência adolescente.”
JFH: Bem, “Those Night” se conectou bem comigo como um cara casado. Sou muito sentimental. Então, para mim, essa parece uma música sentimental.
John: Sim, não é necessariamente uma música para jovens. É sobre ser jovem, então senti da mesma forma. Você nunca sabe como as pessoas vão receber uma música. Para mim, é tipo a magia da música. Por exemplo, eu não falei sobre o que é a música “Lucy”.
JFH: Essa era uma das minhas perguntas também.
John: Sério? As pessoas me perguntam o tempo todo. E eu gosto. É provavelmente a melhor música que eu já escrevi. Tem uma certa magia nela. Muitas pessoas pensam que é sobre uma coisa ou outra, e eu recebi excelentes e-mails sobre isso.
JFH: Você diria que você escreveu ela sob um ponto de vista específico e um pensamento específico mas não quer entregar o que é?
John: Eu escrevi sob um ponto de vista específico. Tem uma história por trás. Mas mesmo que haja uma história específica, tem muitas interpretações que tem significado muito para muitas pessoas. São todas diferentes. Então decidi que não vou contar a história por trás. Talvez eu conte mais tarde depois que ela já tenha significado o que deveria para as pessoas. Essa é a magia da música e eu gosto disso. O que seria engraçado era se “Should’ve When You Could’ve” se tornasse um grande sucesso pop. Como All-American Rejects ou algo assim. Isso seria muito divertido.
JFH: Eu acho que ela pode realmente se conectar a um público jovem.
Jonh: Sim, “Should’ve When You Could’ve” é realmente uma música jovem.
JFH: Até mesmo “It’s Not Me It’s You” se conecta bem com um público jovem.
John:Sim eu acho que poderia! Você pode ver de qualquer forma. Definitivamente, porque ela pode ter tipo um tipo de fúria adolescente nela. É a minha música favorita no disco.
JFH: E sobre “Don’t Wake Me”? De onde ela veio? Houve uma inspiração específica para essa música?
John: Não, de início não tinha, mas se tornou algo. Você viu o filme Coração Valente?
JFH: Não vi. Não sou muito de filmes violentos.
John: Sim, é muito violento. Violência muito realista. Mas a história é muito inspiradora. É um filme muito comovente. Eu sei que você não gosta de filme violento então eu não vou estragar nada. A esposa dele é morta. Ele tem esses sonhos sobre sua esposa, e em um deles, ela diz que ele está sonhando e ele tem que acordar. E ele diz a ela que ele não quer acordar. Mas a música também significa algo mais. Enquanto estávamos gravando Comatose, meu avô ficou muito doente. Ele faleceu uns meses depois disso. E por um ano, eu tinha esses sonhos com ele o tempo todo. Eu comecei a escrever “Don’t Wake Me” antes de Comatose lançar. Foi a primeira música que escrevi para Awake. Foi quando eu comecei a pensar mais e mais sobre isso. Eu sonhava com meu avô e eu fazendo coisas juntos o tempo todo. Eu queria dedicar a música a ele no encarte mas eu esqueci porque estava muito estressado. Mas essa música é dedicada a ele mesmo que acabou tendo um significado diferente do pretendido.
JFH: Você tinha mencionado que ela poderia ser levada também como uma música de rompimento, mas ouvindo que se trata de Coração Valente e seu avô, fica claro de onte vem. Eu tive sonhos com meu avô também.
John: Sério? É louco! Parecem reais, não é?
JFH: Sim, e quando eu tenho esses sonhos é ótimo, e eu não quero acordar. Eu tive esse sentimento muito forte da última vez que sonhei com ele.
John: Se lançarmos ela como um sinlge, essa meio que seria a história oficial por trás da música. Não foi a idéia original, mas ainda escrevi metade da música. “Believe” foi escrita depois.
JFH: Sim, ela não foi adicionada ao álbum depois?
John: Isso, foi a última a ser inserida. O álbum estava pronto. Mas é uma música especial para mim. Eu realmente gosto dela.
JFH: Sobre o que se trata?
John: Bem, “Yours To Hold” era meio que uma música de baile, com a ansiedade do amor jovem. Mas “Believe” é mais como uma visão mais madura das coisas. É sobre a diferença entre homens e mulheres. Você está tendo uma briga. Você está bravo e você diz coisas que na verdade não quer dizer. Você está apenas bravo. E no final você diz: “Você deveria me conhecer melhor do que isso.” Eu sempre ri de minha esposa dizendo que essa música é a maneira de um cara pedir desculpas, que é assim: “Eu sinto muito ter dito isso mas você deveria saber que eu não quis dizer isso.” (risos) É sobre isso que se trata “Believe”. Não sei porque, mas essa música é especial para mim. Tocamos ela na turnê com TobyMac. Tocamos essa e “Lucy”.
JFH: Sim, eu acho que vocês tocaram “Lucy” na turnê do ano passado, também.
John: Nós tocamos! Mas apenas na metade da turnê, na costa Leste. Depois paramos.
JFH: Nós conversamos uma vez antes de Collide sobre como você queria ressuscitar “Locked In a Cage”. Você ainda pensa nisso?
John: Eu pensei nisso de novo sim. Eu falo isso para nosso empresário por 3 anos agora. Eu tenho um refrão novo e ainda acho que “Locked In a Cage” seria a música certa para um álbum. Eu mudei algumas coisas nela. Mas essa música vai nos ajudar apenas no mercado mainstream. Não que nossos fãs não vão gostar, mas eu não consigo ver ela sendo um gande sucesso em uma rádio cristã. É tão sombria, e se fizermos de novo, seria mais pesada e soaria apenas soar mais pesado. Mas eu ainda iria gostar de fazer isso.
JFH: Tem mais alguma música que você pensou em trazer de volta?
John: Essa é a única música que eu pensei em trazer de volta.
JFH: Eu estava pensando lá atrás nos tempos de Alien Youth, e “Kill Me, Heal Me” seria uma boa música. Eu vejo como você tem tantos fãs novos e jovens que provavelmente nunca ouviram musicas como essa e provavelmente nunca irão ouvir. Vocês tem uma riqueza de músicas que vocês poderiam trazer de volta.
John: Sim. Seis álbuns que eles nunca ouviram falar! (risos) Foi uma carreira bizarra. Foi uma coisa muito, muito estranha. Mas, é o que é.
JFH: 14 anos esse ano, certo?
John: Sim, wow! É estranho. Não dá pra acreditar.
JFH: Tem pessoas que acabaram de descobrir vocês. Mas de qualquer forma, vamos ver… oh! O grunhido da música “Monster” não está na versão de rádio…
John: Sim, eu ouvi isso hoje! Fica a critério da estação qual versão eles querem tocar. Eu achei que todas estavam tocando a versão com o grunhido. Eles estão em Chicago, que é a estação que eu escuto. Eu não tinha escutado no rádio sem o grunhido até ontém aqui. Eu ouvi e pensei: “Aah, eles tiraram o grunhido!” Algumas pessoas não devem ter gostado. Em sua maioria, os fãs gostaram. O grunhido vendeu mais álbuns que a música.
JFH: Na noite em que eu vi vocês no Creation do ano passado, eu estava sentado no hotel com um amigo. A gravadora tinha nos enviado uma amostra do álbum. Eu estava sentado no escuro com meu laptop fazendo atualizações no site, estava com meus fones de ouvido, e não estava esperando pelo grunhido. Quando você está sozinho, no escuro, sem esperar, é a coisa mais assustadora do mundo. (risos). Eu fiquei enlouquecido com aquilo. Mas eu não estava certo de como havia me sentido em relação ao grunhido. Eu toquei para mais um fã do Skillet e ele disse que era tão forçado.
John: É, algumas pessoas pensam isso. Mas muitas pessoas amam. Você nos viu fazer ao vivo. Quando acontece, as pessoas enlouquecem. É muito engraçado. Fizemos um set acústico em uma estação de rádio semana passada. Foi só eu cantando “Monster” com um violão e claro que eu não fiz o grunhido. Tinha uma garota lá que ficou muito brava.
JFH: Você deveria levar uma gravação com você. (risos) Você deveria ter um applicativo da Apple para o grunhido da “Monster”.
John: risos
JFH: Entre os shows cristãos e o mainstream, em qual você se sente mais confortável no palco?
Eu me sinto um pouco mais confortável em shows Cristãos e festivais cristãos porque eu sei quem está vindo e que tipo de pessoa está vindo. Quando estamos tocando um show no mainstream, geralmente estamos abrindo para alguém, e não sei se as pessoas sabem quem nós somos ou não. Temos uma carreira tão estranha que é um pouco difícil saber se as pessoas que sabem quem é o Skillet. Essa é a única razão. Mas eu gosto de abrir para outras bandas também. Conseguir novos fãs é maravilhoso.
JFH: Uma última pergunta. Algum conselho para novos pais?
John: Você vai ser pai?
JFH: Sim, em Outubro…
John: Parabéns! É maravilhoso cara. Se prepare para a coisa mais brutal do mundo. É brutal e é traumático. Você provavelmente ouviu pessoas dizerem que você não vai dormir muito quando você tiver um bebê. Bem, seja o que for que você está pensando agora, é pior. (risos) É difícil. Tirando isso, é isso! Ah, e seja legal com sua esposa durante a gravidez e depois disso por pelo menos seis meses. Daí você pode ser mau de novo. (risos)

Nenhum comentário:

Postar um comentário